O europeu como um todo sempre foi muito peculiar, tando suas manias e sua maneira quase pessoal de contar uma história, será real ou não. Talvez o cinema tenha algum reflexo dos anos de gloria da realeza do velho continente, e associado a decadência do imperialismo o cinema europeu teve sua queda também, se transformando, quase que 100%, em um gênero cult, nos últimos anos. A retomada começou lenta mas gradativa. Wood Allen resolveu assumir sua fase europeia, esquecendo um pouco da grande maçã e com isso um novo estímulo aconteceu no cinema do velho mundo.
Quem vem seguindo o rumo de Allen é “Um sonho de amo” que conta a seguinte história: Mais de duas décadas atrás, Emma (Tilda Swinton) deixou a Rússia atrás de Tancredi Recchi (Pilpo Delbono), que a pediu em casamento. Fazendo parte de uma poderosa família de Milão ela se torna mãe de três filhos. Mas Emma, embora não seja infeliz, sente-se perdida na sua vida. Até que um dia um talentoso chef de cozinha, amigo e sócio de seu filho, desperta desejos em Emma. Não demora muito para que ela embarque em uma perigosa relação com o jovem.
Em meio a uma história sem grandes surpresas, temos uma temática muito bem amarrada e de certo ponto coerente e com algumas viradas temperamentais de muitos personagens e sem contar na grande mistura de culturas que vemos na tela. O filme acaba nos brindando com um ótimo exemplo de como o cinema Italiano pode voltar a comandar a elite dos filme europeus e sem depender das comédias repetitivas de Allen. O filme ainda se enquadra nos Cults, mas quem disse que ser cult é ruim.
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